A Banca 021 - Filipin

O dinheiro não me compra, mas compra muita gente
Nessa vida loka eu driblo várias serpentes
Com a faca no dente, verdades no pente, irmã
Eu sou um louco, mas um louco consciente

Desde 1993 vivendo a vida loka
De onde eu vim era isso ou a boca
Se a escola é fraca, a rua te ensina, irmã
Atividade quando fecha o clima

A igreja doutrina, em todo esquina
Pastores, padres, safados atrás de meninas
O mundo é sodomia, jorra sangue por soma
Tá tudo uma zona, mas mude o que puder

Eu nem sei pra onde cê vai
Mas por onde for, sempre queira a paz
Sem dar mole pra ninguém
Seja o elo de alguém
E por amor vai, e por amor vai

Pega essa e toca no talo
Hoje eu me dei folga mas vim pra dar trabalho
Sei o meu valor, muito além do meu salário
E a cada revolta eu volto mais visionário

Subindo a ladeira que eu cansei de descer
Nada como nosso lugar e o jeito de ser

Filho da luta
Sigo na bruta
A arte sempre se acentua, ninguém segura

Eu vim da Vila, um salve a Nova
Xarpi, mafu, bate bola
Pulei o muro da escola pra ver onde a gente ia

Eu falei, melhor agora
Agradeço todo dia
Trabalhando mais que a fé
Tô firmão na correria

Acendo um careta
Sou da paz, nem quero treta
O mesmo plano, outro planeta
Vestindo minha própria peita

Só vamo
Quem for contra só anda pra traz
Sejamos ás, não vivo de tanto faz

O Filipin chorou, o Filipin chorou